quarta-feira, 8 de novembro de 2017

LIMITE DE FREGUESIA

Ao jeito de "mestre-escola" para alguém que devia procurar saber algo da história próxima desta terra - e para que não faça declarações sobre ocorrências verificadas antes desse alguém ter nascido - direi que a primeira vez que aconteceu divergência entre Lobão e S. Jorge a respeito do começo de uma e fim de outra freguesia foi uma divergência de cariz religioso. Certa pessoa, de Lobão, que veio construir ali no sítio, foi dizer ao Abade de Lobão que o terreno onde construíra a casa estava inscrito como pertencendo a Lobão. 
O Abade de Lobão absorveu as dores e veio trazer o compasso a essa casa, na Páscoa. Isto passou-se em 1954, ou 1955. (Teria de procurar os papéis para confirmar). O Abade de S. Jorge, que era pouco atirado p'ra luta, lamentou-se ao Bispo e deixou de baptizar, de levar o compasso e mesmo de levar o Viático. O povo de S. Jorge, daquele pedaço, na Páscoa beijava a Cruz na rua e ali punha a tradicional mesa da Páscoa. Uma, agora senhora, nascida numa casa dali, só foi baptizada algum tempo mais tarde, porque os pais exigiram que o baptizado fosse em S. Jorge. Houve muita troca de correspondência a expor pontos de vista e a contenda acabou favorável a S. Jorge. Pergunte-se ao actual Pároco que ele terá a correspondência trocada.



A nível civil nunca houve qualquer contestação ou reivindicação de Lobão. E... curioso, daquele bocado de freguesia, saíram um presidente de Junta de S. Jorge antes de 1974 (0 Sr José Silva, fundador da Pensão Silva e dois depois de 1974: O Sr. Alcino Oliveira eleito em 1976 e o Sr. Albano Miranda, eleito em 1979). E alguns membros da Assembleia de Freguesia. O problema civil foi levantado há anos por uma pessoa que construiu ali e fez pressão, ao tempo junto do Prof. Valente e agora terá feito o mesmo junto do José Henriques. 

José Pinto da Silva
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